TRATAMENTO DA DOR
PATOLOGIAS DE DOR CRÔNICA
A dor, um problema que afeta a qualidade de vida, tem recebido maior atenção médica globalmente. A Associação Médica Brasileira (AMB) estabeleceu a Comissão de Dor, com especialistas de várias áreas, incluindo ortopedia, para tratar desse desafio.
Aproximadamente 30% da população brasileira lida com dores crônicas, durando mais de 3 meses e impactando significativamente a vida cotidiana.
Os ortopedistas visam restaurar o bem-estar e a mobilidade dos pacientes, independentemente da origem da dor. Frequentemente, um tratamento multidisciplinar é necessário, envolvendo outras especialidades médicas, fisioterapia e psicologia.
A dor crônica pode levar a ansiedade e depressão, agravando o quadro, tornando um cuidado abrangente essencial.
ORTOTRIPSIA:
O tratamento com ondas de choque, conhecido como ortotripsia, é uma abordagem revolucionária para tratar inflamações crônicas de tendões, calcificações em pontos de inserção de músculos ou tendões e retardo na consolidação óssea. Envolve a emissão de ondas de alta energia no local afetado. Essas ondas quebram calcificações, aumentam a circulação sanguínea e estimulam a formação de novos tecidos.
As dores crônicas, comuns em atletas, dançarinos, idosos e donas de casa que ficam muito tempo em pé, são eficientemente tratadas com essa terapia, sem a necessidade de cirurgia. Cerca de 70% dos pacientes que consultam ortopedistas apresentam problemas desse tipo. A terapia com ondas de alta energia é eficaz em aproximadamente 85% dos casos, proporcionando alívio da dor e regeneração do tecido.
O tratamento envolve de três a cinco sessões, cada uma durando cerca de 5 minutos. No início, pode causar desconforto, mas desaparece após alguns minutos. Após cerca de 30 dias da aplicação, cerca de 80% dos pacientes relatam pouca ou nenhuma dor. A terapia proporciona efeito analgésico, alterações estruturais no tecido, aumento da atividade metabólica, estímulo ao processo regenerativo e formação óssea.
As ondas de alta energia são direcionadas ao local lesado, passando pelos tecidos flexíveis e dissipando-se onde há inflamação. Isso aumenta a permeabilidade da membrana celular, reduzindo a capacidade de enviar estímulos dolorosos e causando efeito analgésico. Além disso, as ondas quebram a microvascularização que alimenta o processo inflamatório e estimulam o tecido a liberar substâncias anti-inflamatórias, promovendo a formação de novos vasos sanguíneos e regeneração do tecido.